segunda-feira, 21 de julho de 2014

Campeonato Brasileiro de MTB2014

Campeonato Brasileiro é sempre muito especial. Prova única no ano, e que vale o título e o direito de usar a camisa de campeão nacional.
Ontem larguei no parque Cemucam, na Grande São Paulo, para defender meu título e tentar segurar a camisa de campeão brasileiro por mais um ano.
Eu cheguei muito afiado pra disputa. O período de preparação foi perfeito e agradeço ao mestre Hélio pelo comprometimento na preparação.
Apesar do circuito ser bem simples pra elite, gosto muito de competir em circuitos velozes, com provas dinâmicas, como foi ontem no Cemucam.
Antes da corrida, sensação física muito boa, cabeça completamente na prova e muita vontade.
Larguei bem no start-loop e me posicionei mais na frente,buscando não me desgastar demais pois o circuito não oferecia muitas áreas para recuperação, já que no total eram pouco mais de 100m de ascensão por volta, o que é pouco e deixa a prova em ritmo mais constante.
Eu me sentia confortável no ritmo de prova, mas sabia que naquela pista quando eu atacasse teria que ser pra ir embora. Tinha que ser um ataque certo, na hora certa, porque senão, mesmo estando bem, o risco de comprometer o resultado seria grande.
Na segunda volta eu liderava com meu parceiro de equipe Sherman e o Rubinho. O Mário vinha perseguindo perto, mas as vezes perdia contato. O Fred vinha pouco atrás e resolvi esperar que ele alcança-se o grupo para então tentar alguma coisa. Assim eu poderia atacar a vontade, arriscando tudo, e ele e o Sherman poderiam apenas acompanhar o Rubinho,Mário ou outro atleta que viesse de trás e depois atacar no final da prova, caso eu perdesse desempenho. A prova ficaria com tudo a favor para nossa equipe e a chance de garantir o título seria bem maior. Como profissional, me vejo na obrigação de pensar nisso também durante a competição.
Mas quando não é pra ser, não é! De um jeito inacreditável furei o pneu traseiro. Um caco de vidro entrou na lateral do pneu traseiro rasgando-o, e o mais incrível foi que aconteceu na reta oposta da da chegada, menos de 50 metros depois da área de apoio! Num lugar plano em linha reta, onde milhares de vezes passaram bikes...Mas eu fui o sorteado.
Fiz a descida de alta velocidade com o pneu vazando e na subida do bambuzal começou a bater no chão. Quando acabamos a subida e começamos a descer, o pneu esvaziou completamente. Fiz um longo trecho técnico de “pneu no aro”, e consegui manter pouca distância para o Rubinho e Sherman. No final da volta é que perdi mais tempo. Como o pneu é tubeless(sem câmara), fica com menor atrito com o aro, fazendo com que a roda ecorregue dentro do pneu quando a potência é maior.
Por isso, nas subidas mais íngremes eu tinha que descer da bike e empurrar. Tudo que eu tinha economizado no começo da prova eu queimei nessa meia volta pilotando furado. Realmente fiz muita força e cheguei no ponto de apoio muito afogado. Troquei a roda e voltei para prova, na 12ª colocação e já estava a cerca de 1minuto e 30 segundos da liderança. Naquele circuito 1:30min é uma eternidade, porque a velocidade média é alta e não há grandes subidas. Prova disso é que - como eu falei que seria antes da prova - a diferença de tempo entre os atletas foi muito pequena.
Tentei buscar forças pra fazer uma recuperação na prova e fui ganhando posição por posição, mas foi muito difícil andar sozinho, vindo de trás depois de ter feito muita força furado. Na sexta volta encostei no grupo com Rubinho e Sherman junto com o Pscheidt. Nesse momento é que tive dificuldade. O Fred tinha atacado e seguia sozinho na liderança, então não podia fazer nada que pudesse arriscar a vitória dele, que daria o título à nossa equipe. Tive que diminuir e recuperar um pouco para tentar atacar e seguir sem trazer o Pscheidt ou Rubinho que poderiam contra-atacar e se aproximar do Fred.
Na final da sexta volta o Rubinho acabou ficando e seguimos os três para a última volta. Ataquei no final junto com o Sherman, e garanti a segunda colocação depois de passar por Aroeira, Seabra, Marcelão, Valmor, Grossi, Vando, Mário,Rubinho, Sherman e Pscheidt.
Em outras circunstâncias ficaria feliz com o desempenho. Além de reconhecer que a vitória do Fred foi merecida.
Mas fiquei triste de ter furado e principalmente de perder a camisa de campeão nacional. A camisa tem um significado muito forte e especial pra mim. Me sinto muito honrado de vestir a camisa de campeão brasileiro nas prova internacionais.
Foi o quarto furo de pneu do ano (2 Copas do Mundo, Panamericano e Brasileiro).
Isso acontece. Uso o mesmo pneu que usei ano passado em mais de 40 provas e furei apenas uma vez(Brasil Ride, quando um prego entrou no pneu). Tem sido uma temporada de pernas fortes e dias difíceis.
Não posso deixar de agradecer muito ao público presente na prova ontem, que me deu força durante a competição, principalmente na recuperação. Foi muito empolgante ver a galera vibrando na beira da pista.
Fico feliz de pelo menos ter proporcionado uma prova emocionante. Ontem fiz o possível, e o possível foi terminar em segundo.

Mas vamos treinar, porque ainda tem muita coisa pela frente nesse ano.
Foto: Campeonato Brasileiro é sempre muito especial. Prova única no ano, e que vale o título e o direito de usar a camisa de campeão nacional.
Ontem larguei no parque Cemucam, na Grande São Paulo, para defender meu título e tentar segurar a camisa de campeão brasileiro por mais um ano.
Eu cheguei muito afiado pra disputa. O período de preparação foi perfeito e agradeço ao mestre Hélio pelo comprometimento na preparação.
 Apesar do circuito ser bem simples pra elite, gosto muito de competir em circuitos velozes, com provas dinâmicas, como foi ontem no Cemucam.
Antes da corrida, sensação física muito boa, cabeça completamente na prova e muita vontade.
Larguei bem no start-loop e me posicionei mais na frente,buscando não me desgastar demais pois o circuito não oferecia muitas áreas para recuperação, já que no total eram pouco mais de 100m de ascensão por volta, o que é pouco e deixa a prova em ritmo mais constante. 
Eu me sentia confortável no ritmo de prova, mas sabia que naquela pista quando eu atacasse teria que ser pra ir embora. Tinha que ser um ataque certo, na hora certa, porque senão, mesmo estando bem, o risco de comprometer o resultado seria grande. 
Na segunda volta eu liderava com meu parceiro de equipe Sherman e o Rubinho. O Mário vinha perseguindo perto, mas as vezes perdia contato. O Fred vinha pouco atrás e resolvi esperar que ele alcança-se o grupo para então tentar alguma coisa. Assim eu poderia atacar a vontade, arriscando tudo, e ele e o Sherman poderiam apenas acompanhar o Rubinho,Mário ou outro atleta que viesse de trás e depois atacar no final da prova, caso eu perdesse desempenho. A prova ficaria com tudo a favor para nossa equipe e a chance de garantir o título seria bem maior. Como profissional, me vejo na obrigação de pensar nisso também durante a competição. 
Mas quando não é pra ser, não é! De um jeito inacreditável furei o pneu traseiro. Um caco de vidro entrou na lateral do pneu traseiro rasgando-o, e o mais incrível foi que aconteceu na reta oposta da da chegada, menos de 50 metros depois da área de apoio! Num lugar plano em linha reta, onde milhares de vezes passaram bikes...Mas eu fui o sorteado.
Fiz a descida de alta velocidade com o pneu vazando e na subida do bambuzal começou a bater no chão. Quando acabamos a subida e começamos a descer, o pneu esvaziou completamente. Fiz um longo trecho técnico de “pneu no aro”, e consegui manter pouca distância para o Rubinho e Sherman. No final da volta é que perdi mais tempo. Como o pneu é tubeless(sem câmara), fica com menor atrito com o aro, fazendo com que a roda ecorregue dentro do pneu quando a potência é maior.
 Por isso, nas subidas mais íngremes eu tinha que descer da bike e empurrar. Tudo que eu tinha economizado no começo da prova eu queimei nessa meia volta pilotando furado. Realmente fiz muita força e cheguei no ponto de apoio muito afogado. Troquei a roda e voltei para prova, na 12ª colocação e já estava a cerca de 1minuto e 30 segundos da liderança. Naquele circuito 1:30min é uma eternidade, porque a velocidade média é alta e não há grandes subidas. Prova disso é que - como eu falei que seria antes da prova - a diferença de tempo entre os atletas foi muito pequena.
Tentei buscar forças pra fazer uma recuperação na prova e fui ganhando posição por posição, mas foi muito difícil andar sozinho, vindo de trás depois de ter feito muita força furado. Na sexta volta encostei no grupo com Rubinho e Sherman junto com o Pscheidt. Nesse momento é que tive dificuldade. O Fred tinha atacado e seguia sozinho na liderança, então não podia fazer nada que pudesse arriscar a vitória dele, que daria o título à nossa equipe. Tive que diminuir e recuperar um pouco para tentar atacar e seguir sem trazer o Pscheidt ou Rubinho que poderiam contra-atacar e se aproximar do Fred.
Na final da sexta volta o Rubinho acabou ficando e seguimos os três para a última volta. Ataquei no final junto com o Sherman, e garanti a segunda colocação depois de passar por Aroeira, Seabra, Marcelão, Valmor, Grossi, Vando, Mário,Rubinho, Sherman e Pscheidt.
Em outras circunstâncias ficaria feliz com o desempenho. Além de reconhecer que a vitória do Fred foi merecida.
Mas fiquei triste de ter furado e principalmente de perder a camisa de campeão nacional. A camisa tem um significado muito forte e especial pra mim. Me sinto muito honrado de vestir a camisa de campeão brasileiro nas prova internacionais.
Foi o quarto furo de pneu do ano (2 Copas do Mundo, Panamericano e Brasileiro). 
Isso acontece. Uso o mesmo pneu que usei ano passado em mais de 40 provas e furei apenas uma vez(Brasil Ride, quando um prego entrou no pneu). Tem sido uma temporada de pernas fortes e dias difíceis.
Não posso deixar de agradecer muito ao público presente na prova ontem, que me deu força durante a competição, principalmente na recuperação. Foi muito empolgante ver a galera vibrando na beira da pista.
Fico feliz de pelo menos ter proporcionado uma prova emocionante. Ontem fiz o possível, e o possível foi terminar em segundo. 

Mas vamos treinar, porque ainda tem muita coisa pela frente nesse ano.
Resultado dos Top 15 dos 46 atletas que alinharam na Elite Masculina
1-Frederico Mariano – MG
2-Henrique Avancini – RJ
3-Ricardo Pscheidt – SC
4-Sherman Paiva – MG
5-Rubens Donizete – MG
6-Mario Verissímo – GO
7-Daniel Grossi – MG
8-Edivando de Souza Cruz – SP
9-Valmor Housman -SC
10-Lenadro Donizete – MG
11-Daniel Carneiro – MG
12-Renato Seabra – SP
13-Tiago Aroeira – MG
14-Marcelo Candido – MG
15-Alysson Serra - MG